segunda-feira, 16 de maio de 2011

Grande teatro

O telefone toca, mas eu estou sempre no ocupado.
Deixa a inquietante tarde passar.
Ando meio desatinado
Com o coração doente.
Em um mundo que sonha em ser maior
E cai no mesmo abismo do amor não vivido.
Se eu sentir saudade pode ser absurdo
Eu vivo em um novo mundo.
As vozes vêm como eco
De um sorriso que não vivi.
Alguns atos parecem ser ensaiados
Antes mesmo de se viver.
Como um grande teatro
E esse palhaço entra pra lhe entreter.
Meus amigos estão meio casados
De me ver enlouquecer.
Os amores são desconexos
Feitos pessoas como você.

Andréa Balsan,
16/05/2011

sábado, 14 de maio de 2011

In locky

quero viver de novo
e mais uma vez em suas mãos
e pertubar seus devaneios
escrever aquela frase pelo meio.
você vai me entender.
eu como com faca e garfo
a rosa que você quer.
se eu não for seu pesadelo
eu não quero mais nada.
os lençois estão caídos fora da cama
a sua loucura está fora da alma.
seu jeito é rosa choque
e eu me visto de jeans, preto e branco.
você com seus namorados sonha comigo
e eu nem durmo mais.
eu não durmo mais
só sonho in locky.

Andréa Balsan,
14/05/2011


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em dias de inspiração Cazuzistica. uma piração de leve. tava sentindo falta desse meu lado. agora aperte o freio q tou passando.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Surreal

Não gosto de dias de chuva.
Não gosto do frio.
Não me contento com a solidão,
mas até gosta de ficar sozinha.
Não gosto de modas
Não me importo com idiotas
Sou um desconexo
Gosto do carnaval
Mas nasci no inverno
Quase um poema surreal.
Eu gosto do mesmo
E o mesmo que me ganha.
Tenho desejo por quem me ama.
Eu gosto de exclamação
Ele é o meu grito.
Não gosto do silêncio,
Mas nele leio um bom livro.
Quero escrever uma poesia
Mas as palavras me faltam.
E ao contrario de meu amigo, nem gosto de goiabada.
E fico sem alento.
Gosto de nada por dentro
E só.
Andréa Balsan,
01/03/2010

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Em uma conversa sobre solidão

Trago rosas
Rosas morrem
Depois que cortam
Da raiz.
Trago vida
Que sucumbi na sua,
Pois esta que falo é minha.
Trago um cigarro
Venenoso
Para tentar me desprender do bom.
Trago o amor, mas quem ama?
Versos, prosas,
Algo me prove que estou viva.
Sexo, rosas,
Solidão.
Tudo um bem para quem precisa.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Guerra fria

Há de sentir o gosto amargo
Quando eu partir.
Odiou-me mentindo
Dizendo amores
Viu…
É o meu inimigo
Antigo amigo.
Agora é decretado
Intitulado
A guerra fria
Do tempo frio
Do dia de chuva
Na primavera.
Faz-se de coitado
Faz-se pouco amado
E ainda implora
Um tempo de paz.
Tudo bem.
Eu estou partindo
Como sempre sigo meu caminho
Agora é meu inimigo.

Andréa Balsan,
19/10/2009.

sábado, 17 de outubro de 2009

Tão tão distante

Quais são os truques
Que levam
Eu ser de você?
Entrar no seu mundo
Morrer afogada
E querer não renascer.
Quais são as cartas
Na manga do incrédulo?
Quero ser mais criança
Pular o carnaval.
Não me ache que sou mau.
Eu quero meu mundo
Mas meu mundo
É tão distante do seu.
E agora por dentro estou triste
Uma dor que não existe
Quando estamos só eu e você.

Andréa Balsan,
17/10/2009.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Caninos em cacos

Pregue meus punhos,
Venda meus olhos,
Amarre-me na cruz
Jogue a chave da razão fora.
E desabrocha
Em seu jeito enigmático
De menina que fisga o palhaço.
Arranque-me a crina
Morda meu ventre…
É a minha retina,
Meu corpo caliente.
Apesar de que gritem todos
Os palavrões desobedientes
Eu escutarei seus gemidos,
Que rugem em sua mente.
Mesmo que manchem
Os papeis documentais.
Eu sei que é menina
Em si uma leoa
De quebrados caninos,
Mas ainda morde
Segue o destino.
Foge da morte.
Enrola seu corpo
Febril entre ao meu…
Deixe-me em pele viva
Para sentir a sua
Carne adentro
Sedenta de sangue…
Se te veem inocente
Eu te vejo mulher.

Andréa Balsan,
15/10/2009.